Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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Textos
SONHOS

Como posso ignorar o sonho,
Abster-me da razão de ser
E compactuar com a solidão,
Que perfaz o destrato da alma?

O que fiz de minha vida,
Sempre à tua sombra,
Respirando o teu perfume,
Engabelando o coração?

Mas é assim que sei viver,
Perseguindo a utopia,
Rompendo o invólucro
Que envolve o teu amor.

A que fim se destina minha alma,
Aprisionada a reminiscências
Que não se concretizaram
Em outras vidas inúteis?

E continuo a vislumbrar situações,
Apegado às imagens torturantes;
Absorto em delirantes sonhos
Que não se parecem como antes!





Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 07/01/2006
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