Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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"O abraço é a extensão da vida"
        Sir Herzog Izael (1756-1806)

Quando a vida interrompeu a permanência,
Vi minha desbotada face se desfigurar
Antevendo a tenebrosa finitude da estadia.
Nesta estafante dimensão apelidada de vida.
Tudo  desvanecia sem razão de ser.
Traiçoeiramente a insônia me invadiu
E quando o sono chegou a noite se despediu.
Não havia luz na escuridão da minha alma.
Eu carecia beber da ressonância lunar
Mas estava embevecido por faísca solar.
Um tremor desestabilizou meus batimentos;
Ofegante, senti que a chegada da morte
Subtraia as palavras do meu coração
Me transformando num ato silencioso.
Estático, naquele momento de aflição
vi-me chorando e me despedindo num adeus.
Abri os braços e me concedi um abraço.
Há muito eu estava distante de mim.
Rabisquei a linha do tempo
E no esboço da grandeza do mundo,
Pude perceber o quanto eu era diminuto
Frente ao mistério da enigmática vida
Onde a existência nunca se cala.
Finalmente eu consegui entender
que era um fragmento de passagem
por esta estrada chamada terra, e vi,
Que minha vida era apenas um facho de luz
No brilho luminoso da imortal viagem da alma
Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 25/05/2013
Alterado em 31/10/2016
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