Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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CÁRCERE!!!


A cada dia que sobrevivo, cismando com a vida,
Adormeço embebido na duvidosa
Expectativa do amanhecer.
Aqui, nem sempre o sol brilha.
Sombras do mal interceptam o sol.
Nuvens negras desprovidas do bem,
Coordenam-se e se projetam sobre mim,
Imputam-me atos impraticados
Numa conspiração pegajosa e febril.
Entre grades da discriminação,
Sinto-me sóbrio e inatingível.
Minha porção de paciência se estende.
Não que assimile o conformismo.
No sistema o “proceder” vale a vida.
Enquadro-me sem ser enquadrado.
A espera ociosa retarda o tempo;
Distanciando algumas esperanças contidas.
Meu mudo coração não se manifesta,
Abstendo-se de pronunciamentos infrutíferos.
Todavia, está sempre atento, em longa espera;
Incansável, aguardando a igualdade dos homens.
Suplanto a dor; que rosna incontida,
Verificada no descaso ao direito adquirido.
Vez por outra, chego a pensar;
Que o tétrico destino resolveu me poupar.
                

Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 03/08/2005
Alterado em 03/08/2005
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