Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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Aurora, Menina, Morena!



Foi, indelicadeza,
Tanta tristeza,
Que soluçou meu coração.

Nunca mais ouvi falar,
Que um peito a chorar,
Tenha recuperação.

Hoje vagueio chorando, sem rumo,
Procuro um poço bem fundo,
Para afogar minha dor.

E agora, Aurora, menina, morena,
Carrego um amor de dar pena,
E você nunca mais retornou!

Vidas tristes repartidas,
Aquela paixão recolhida,
Onde foi parar nosso amor?

Vejo morrer o encanto na frieza,
Sinto as lágrimas do teu pranto,
Buscarem alegria na tristeza.

A cada manhã penosa,
Como que chegando para vingar-se,
Brota sua lembrança amorosa,

Passa o tempo apressado,
Porque esqueceu o meu amor?
Não te vejo a meu lado,

Agora tudo é saudade,
Vou desandar por ai,
Acabou felicidade.

Tudo aconteceu feito magia,
Como é que eu queria,
Eternizar um amor de meio dia!?

Foi Saudade mal sentida que morreu.
Fragmentos de uma vida,
Que o acaso esqueceu e o ódio absorveu.
Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 16/07/2005
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