Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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PRECISO SER AMADO!!!


Em algum lugar do passado,
Devo ter enterrado meu sonho.
Vagueio ziguezagueando a esmo
Sem estabelecer metas ou planos.
A cada manhã nebulosa,
Nasce meu desterro, minha dor,
Que contabiliza prejuízos mentais;
Um infinito de perdas drásticas
E nenhum ganho ainda que mínimo.
Vez por outra, uma tênue lembrança
Do amor que se foi para sempre.
Abraço os pesadelos diários
Que relembram fagulhas tristes
Onde o desassossego é uma constante
Sempre em companhia da solidão
Que me acresce de esmorecimento
E deprecia minhas investidas.
Fui atingido pela aquiescência
E assinto os dissabores ofertados
Como um efeito esfuziante
Frente ao meu ato silencioso.
Há muito renunciei ao amor,
Pois sou sabedor da rejeição,
Que retrai a mente e estende a dor.
Quem sabe a indelicada avareza
Não decida me poupar,
E a sorte mande alguém para  me amar?
Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 15/07/2005
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