GOTAS DE LUAR
Suspirei,
Acrescido de rancor.
A mansidão noturna
Enterrava o amor.
Há muito,
A lembrança ausente,
Antigo chamego,
Indecoroso presente.
A lua beijou minha face.
Senti o pranto rolar.
Não se tratava de lágrimas,
Eram gotas de luar.
Tenebrosas nuvens negras
Apareceram para avisar
Que ainda havia uma ponta de ódio,
Incrustada no ar.
O ambiente estava pesado.
Um anúncio de mau presságio.
Chorava a estrela solitária;
A noite não estava favorável.
O vazio da escuridão
Sufocou o acalanto.
Enegreceu o brilho.
A vida perdera o encanto.
Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 06/07/2005