Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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Textos
ABRAÇADO A MEU TÉDIO!!!



Ao sentir-me,
Acredito que não quisera ser eu.
Tudo gira a meu redor,
E hoje eu sei, sem o meu "eu" seria pior.
Sigo em frente salvando meu ideal.
Hoje não sei, porque achava tudo por demais ruim.
Custo a amar e desamo com facilidade.
Padecer na solidão será o meu fim.
Ao remoer pensamentos torno-me cético.
Esbarro em certos fracassos,
Não esqueço o fantasma da ingratidão.
E hoje sei, mas não compreendo;
O enorme rancor ancorado no coração.
Assim meu tempo passa
Feito uma rajada de vento frio,
A insegurança entra pela janela.
Implacável, vem abraçar-me.
Já nem sei, atraco-me a ela...
Na estrada do amor,
Andei envolvido em muitos lençóis,
Jamais alguém realmente amei.
Se eu era frio, com o tempo congelei.
Desamei, quem eu sempre esperei.
No espelho da autocrítica,
Minha poesia é degradante,
Meu egocentrismo desaprova os versos podres.
Não penso em imortalidade literária.
Afinal, quem é que se lembrará de mim?
Escrevo sobre minha dor e provoco outras dores.
Mergulhado na penumbra da solidão,
Enquanto o mundo tomba sonado,
Cá do meu cume, vigio uma paixão.
A madrugada fria faz lembrar.
Tento definir meu sentimento,
Um dia o amor para mim acenou,
Morreu, sem despedidas nem brigas.
Nos escombros da mente algo ficou.
Sinto não tê-la sentido...tanto!
Às vezes quero voltar ao tempo.
Noutras vezes não sei o que quero.
Descarto flertes e não me condeno.
Vê-la, ainda que à distância, ainda espero...
Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 30/06/2005
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