Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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SOU UM MERO JAZIDO!



O sol despontou absoluto e esplendoroso,
Escurecendo toda minha vida
E interrompendo todos os meus sonhos.
Depois duma certa trégua, veio a lua,
Clareando o tedioso dissabor da solidão,
Impregnando o ar de inconvenientes saudades.
Mais um raiar de um novo e nefasto dia
Que tinha como missão, me desencorajar.
Tal preocupação não se fazia necessária,
Pois eu já havia desistido desse lodo,
Apelidado de mundo, uma sobrevida.
Acenei para mim, me despedi da sombra.
A matéria se desprendeu da massa, adeus.
Eu que sempre fui ínfima tristeza,
Hoje sou nada, apenas um mero jazido.
Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 28/06/2005
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