Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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TRISTE!!!



Você,
a delicadeza mágica do amor,
Que, de tão suave,
Parecia levitar.
Confundindo meus olhos,
Corando minha face,
Petrificando meu corpo.
Pude maravilhar-me
Com a fina flor do encanto.
Sua voz, mais parecia
Um canto entoado com maestria,
Revestido por um veludo harmônico
De copiosa beleza.
Seu andar gracioso e elegante
Logo foi se distanciando.
Por demais supliquei sua volta.
Nem sequer um aceno.
Ainda pude avistar com dificuldade,
Seu esguio vulto,
Perdendo-se na imensidão do vazio.
Ainda hoje busco contradizer o destino,
De alguma maneira,
Ainda que utópica e insana,
Retroceder ao tempo
Para encurtar a distância,
Preencher a lacuna da solidão
E dizer sem rodeios
De minha dolorosa sofreguidão.
Sempre quando a noite vem,
Feito um encosto vejo sua aparição.
Sua pele alva, quase transparente,
De uma brancura indelével e inacessível.
É a paga imposta por minha aversão ao amor.
Sou o estereótipo da degradação.
Vez por outra, acendo uma vela
Tentando clarear o amor que se foi,
Sem ao menos por eu, ser notado e amado.
Quantos subterfúgios usei,
Esquivando-me da felicidade !
Abro os olhos, avisto o infortúnio
As quantidades de avarezas se multiplicam.
Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 28/06/2005
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